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À margem e ao relento

ao som das asas quando encontram o vento


Trago ao peito tudo o que existe

e pulsa.

Os que seguem ao meu lado,

são de sons de pássaros.

Contam de histórias de luta.


Eu passarinho sem ninho,

aprendo todo dia

um novo caminho.

E alcanço as nuvens

e canto de alvoradas

em minha voz achei o vento,

e me embalei nesse alento

e alcei minhas asas.


Nunca voei ligeiro,

nunca mirei rasteiro,

sou dos vôos altos,

em noites púrpuras e dias claros.


Acaso guardo em mim

a cor de seus olhos negros e fortes,

que despedindo-se

destilaram

lágrimas de amor,

salgadas como a morte.


Voar eu sei, sem volta.

Sou de vôos altos,

em dias frios e noites calorosas.

E não temo as alturas,

nem me espantam as tempestades


Trago em mim tantas asas,

quanto sonhos.

Tanta vida,

quanto sorte.

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À margem e ao relento





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