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ela desenhou a leveza

e se a gente dançasse hoje, Bia?


Ela desenhou a leveza.

Olhando-se, também me via.

Ensinou-me a dançar com os medos.

Escuta primeiro.

Dessas distâncias que aconchega

o cheiro e a solitude de uma carta perdida.


na foto se vê os pés descalços de uma bailarina em movimento pelo chão de sua casa
Fotografia: Beatriz El-Bainy

Um verso que rasgou na pele

e depois atravessou

no meu avesso.

Menina de tão lindos olhos e tão bravas despedidas.

Uma nuvem no céu.

Uma casa no peito.

Seu cabelo dança meu poema.

Bia.

Uma manhã na janela.

Uma tarde lenta.

Uma rua que só seus olhos espreitam.


———

“E se a gente dançasse hoje, Bia?”

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