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o amor é uma pedrada

poesia do cotidiano





Sobre o que falávamos?

Éramos pontas de dedos

suavidade e pele

beijos demorados

desmorando-nos em eternidades


O amor é uma rocha

- dizem os solitários -

e quando finda, pedrada


dor que salpica a carne

e como arde

perder-te de meus olhos

guardar-te por aqui

somente lembranças embaçadas

ali ainda estão aquelas árvores

que apontávamos

da beira

do rio sobre a pedra

que era rocha

- dizias corrigindo-me -

e que em nossas mãos

virou arma







 




- você trabalha com quê?

- as palavras me trabalham...


Ligia Contreras

poeta



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