vejo o reflexo da luz e insisto em chamá-lo de saudade
nenhuma voz naquele canto da rua
a distância é sagrada
o medo persiste,
habita e se amolda
o instante luta
o silêncio e o escuro se abraçam
estamos, mas não permanecemos
vagueia a mente e despista a alma
seremos os mesmos?
seguiremos de mãos dadas?
Como nunca as perguntas parecem as únicas respostas
Deixo que o tempo se demore
passeiam as folhas na varanda apertada
os olhos se voltam para o céu
que pela janela parece tão finito
mas lembro
que carrego o céu em meu peito
logo será dia esta madrugada
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