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a janela abre para o lado de dentro

vejo o reflexo da luz e insisto em chamá-lo de saudade

nenhuma voz naquele canto da rua

a distância é sagrada

o medo persiste,

habita e se amolda

o instante luta

o silêncio e o escuro se abraçam


estamos, mas não permanecemos


vagueia a mente e despista a alma

seremos os mesmos?

seguiremos de mãos dadas?


Como nunca as perguntas parecem as únicas respostas

Deixo que o tempo se demore

passeiam as folhas na varanda apertada

os olhos se voltam para o céu

que pela janela parece tão finito

mas lembro

que carrego o céu em meu peito

logo será dia esta madrugada



Foto: Ligia Contreras

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